Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 3 de 3
Filter
Add filters








Year range
1.
Psicol. ciênc. prof ; 42: e236353, 2022.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1406396

ABSTRACT

O consumo de medicamentos estimulantes cresceu nos últimos anos, no Brasil e no mundo. Pessoas de diferentes idades, especialmente crianças e adolescentes, passaram a consumir estimulantes como a principal terapêutica utilizada para tratar o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Nesse contexto, estimulantes como as anfetaminas e o metilfenidato, mais conhecidos pelos nomes comerciais de Adderall e Ritalina, ganharam visibilidade social em razão da associação desses psicofármacos ao aperfeiçoamento de funções psíquicas como a atenção e o aumento na qualidade e no tempo de rendimento dos sujeitos nas mais variadas atividades. Com isso, aumentou também a procura desses estimulantes por pessoas que não estão em tratamento médico, mas que buscam aprimorar seu desempenho nas atividades que realizam. Diante desse cenário, o objetivo deste artigo foi demonstrar como o crescimento no consumo de estimulantes, seja por sujeitos em tratamento médico ou não, está relacionado aos processos de socialização hegemônicos nas sociedades capitalistas atualmente. Articulando o contexto apresentado com os conceitos da psicanálise lacaniana, foi possível concluir que o consumo massivo de estimulantes está relacionado aos processos de patologização e medicalização da existência, colocados em movimento por uma articulação entre o discurso médico-científico e o discurso do capitalista na contemporaneidade.(AU)


The consumption of stimulating drugs has grown in recent years in Brazil and worldwide. People of all ages, especially children and adolescents, started to use stimulants as the main therapy used to treat attention deficit hyperactivity disorder (ADHD). In this context, stimulants such as amphetamines and methylphenidate, better known by the trade names Adderall and Ritalin, have gained social visibility due to the association of these psychoactive drugs with the improvement of psychic functions such as attention and the increase in quality and performance time of subjects in the most varied activities. As a result, the demand for these stimulants has also increased by people who are not undergoing medical treatment, but who seek to improve their performance in the activities they perform. Given this scenario, this article aimed to demonstrate how the growth in the consumption of stimulants, whether by subjects undergoing medical treatment or not, is related to the hegemonic socialization processes in capitalist societies today. Articulating the context presented with the concepts of Lacanian psychoanalysis, it was possible to conclude that the massive consumption of stimulants is related to the processes of pathologization and medicalization of existence, set in motion by an articulation between the medical-scientific discourse and the capitalist discourse in contemporary times.(AU)


El consumo de drogas estimulantes ha crecido en los últimos años, en Brasil y en otros países. Diversas personas, especialmente niños y adolescentes, comenzaron a usar estimulantes como la terapia principal utilizada para tratar el trastorno por déficit de atención con hiperactividad (TDAH). En este contexto, los estimulantes como las anfetaminas y el metilfenidato, mejor conocidos por los nombres comerciales Adderall y Ritalina, han ganado visibilidad social debido a la asociación de estas drogas psicoactivas a la mejora de las funciones psíquicas, como la atención y el aumento de la calidad y el tiempo de rendimiento de los pacientes en diversas actividades. Como resultado, la demanda de estos estimulantes también ha aumentado por las personas que no reciben tratamiento médico, pero que buscan mejorar su desempeño en las actividades que realizan. Dado este escenario, el objetivo de este artículo era demostrar cómo el crecimiento en el consumo de estimulantes, ya sea por sujetos que reciben tratamiento médico o no, está relacionado con los procesos de socialización hegemónica en la sociedad capitalista actual. De la articulación del contexto presentado con los conceptos del psicoanálisis lacaniano se concluye que el consumo masivo de estimulantes está relacionado con los procesos de patologización y medicalización de la existencia, puestos en marcha por una articulación entre el discurso médico-científico y el discurso capitalista en los tiempos contemporáneos.(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Pathology , Psychoanalysis , Psychotropic Drugs , Attention Deficit Disorder with Hyperactivity , Medicalization , Central Nervous System Stimulants , Psychology , Socialization , Therapeutics , Mainstreaming, Education , Pharmaceutical Preparations , Child , Adolescent , Panic Disorder , Adolescent Psychiatry , Substance-Related Disorders , Capitalism , Depression , Growth and Development , Diagnosis , Education, Special , Brazilian Health Surveillance Agency , Psychological Distress , Amphetamines , Hyperkinesis , Memory , Mental Disorders , Methylphenidate , Neuropsychological Tests
2.
Tempo psicanál ; 52(2): 214-229, jul.-dez. 2020.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1252260

ABSTRACT

Na atualidade, uma questão nos parece fundamental para a psicanálise: como nossa época responde ao mal-estar? A tese freudiana da irredutibilidade do mal-estar afastou a psicanálise da ilusão progressista de que os avanços do conhecimento científico ou as novas modalidades de laço social nos garantiriam a ausência de sofrimento. Mas o mesmo não podemos afirmar em relação a outros discursos que circulam no seio da sociedade capitalista contemporânea. Acreditamos que um caminho interessante para apontar uma das principais modalidades de resposta ao mal-estar em nossa época é demonstrar como os diagnósticos psiquiátricos produzem subjetividades alinhadas com os discursos sociais. Para tanto, o objetivo do presente ensaio teórico foi apontar como o estabelecimento de patologias sociais é sustentado por uma fantasia ideológica que busca recobrir a irredutibilidade do mal-estar. Dessa forma, acreditamos ter demonstrado como a produção de patologias sociais através de diagnósticos psicopatológicos é uma gestão ideológica que tenta neutralizar as possibilidades de se posicionar criticamente em relação à racionalidade dominante em um determinado contexto, e acima de tudo, um processo de naturalização de discursos que tenta anular o potencial transformativo presente no mal-estar.


Nowadays, a question seems to be fundamental for psychoanalysis: how does our time respond to malaise? The Freudian thesis of the irreducibility of malaise removed psychoanalysis from the progressive illusion that advances in scientific knowledge or new forms of social bond would guarantee us the absence of suffering. But the same cannot be said for other discourses that circulate within contemporary capitalist society. We believe that an interesting way to point out one of the main ways of responding to malaise in our time is to demonstrate how psychiatric diagnoses produce subjectivities aligned with social discourses. To this end, the objective of this theoretical essay was to point out how the establishment of social pathologies is supported by an ideological fantasy that seeks to cover the irreducibility of malaise. Thus, we believe we have demonstrated how the production of social pathology through psychopathological diagnoses is an ideological management that tries to neutralize the possibilities of critically positioning itself in relation to the dominant rationality in a given context, and above all, a process of naturalizing discourses. that tries to nullify the transformative potential present in the malaise.


Hoy en día, una pregunta parece fundamental para el psicoanálisis: ¿cómo responde nuestro tiempo al malestar? La tesis freudiana de la irreductibilidad del malestar sacó al psicoanálisis de la ilusión progresiva de que los avances en el conocimiento científico o las nuevas formas de vínculo social nos garantizarían la ausencia del sufrimiento. Pero no se puede decir lo mismo de otros discursos que circulan dentro de la sociedad capitalista contemporánea. Creemos que una forma interesante de señalar una de las principales formas de responder al malestar en nuestro tiempo es demostrar cómo los diagnósticos psiquiátricos producen subjetividades alineadas con los discursos sociales. Para ello, el objetivo de este ensayo teórico fue señalar cómo el establecimiento de patologías sociales se sustenta en una fantasía ideológica que busca cubrir la irreductibilidad del malestar. Así, creemos haber demostrado cómo la producción de patología social a través de diagnósticos psicopatológicos es una gestión ideológica que intenta neutralizar las posibilidades de posicionarse críticamente en relación a la racionalidad dominante en un contexto dado, y sobre todo, un proceso de naturalización de los discursos. que intenta anular el potencial transformador presente en el malestar.

3.
Tempo psicanál ; 51(2): 7-30, jul.-dez. 2019.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1094532

ABSTRACT

Nas últimas quatro décadas, a racionalidade neoliberal avançou sobre o cenário social, determinando o quadro de possibilidades da política através da generalização da concorrência como princípio universal das condutas e da empresa como modo privilegiado de subjetivação. Além de determinar os fins da política institucional, a racionalidade neoliberal também promoveu novas formas de sujeição social através da determinação dos modos de individuação e sociabilidade que devem ser assumidos pelos sujeitos para que tenham suas condutas reconhecidas. O saldo desse avanço é a ausência de transformações efetivas na política, uma vez que toda e qualquer transformação fora do quadro delimitado pelo neoliberalismo é considerada uma realização impossível. Diante desse contexto, o presente ensaio teórico objetivou promover uma articulação entre psicanálise e política por meio da extração da potência política do conceito de real presente na obra de Jacques Lacan. A negatividade do conceito lacaniano mostrou-se fecunda ao nos permitir defender que a política não pode ser pensada a partir de um regime de gestão das possibilidades de uma dada situação, pois a política é por excelência um acontecimento real, ou seja, trata-se justamente da realização através de processos disruptivos do que até então era considerado impossível pelo regime dominante.


In the last four decades, neoliberal rationality has advanced on the social scene, determining the framework of possibilities of politics through the generalization of competition as a universal principle of conduct and enterprise as a privileged mode of subjectivation. In addition to determining the ends of institutional politics, neoliberal rationality has also promoted new forms of social subjection through the determination of the modes of individuation and sociability that must be assumed by the subjects to have their behaviors recognized. The balance of this advance is the absence of effective transformations in politics, since any transformation outside the framework delimited by neoliberalism is considered an impossible realization. In view of this context, the present theoretical essay aimed at promoting an articulation between psychoanalysis and politics through the extraction of political power from the concept of real present in the work of Jacques Lacan. The negativity of the Lacanian concept has proved fruitful in allowing us to argue that politics cannot be thought from a regime of management of the possibilities of a given situation, since politics is par excellence a real event, that is, it is precisely from the realization through disruptive processes of what until then was considered impossible by the dominant regime.


En las últimas cuatro décadas, la racionalidad neoliberal avanzó sobre el escenario social, determinando el cuadro de posibilidades de la política a través de la generalización de la competencia como principio universal de las conductas y de la empresa como modo privilegiado de subjetivación. Además de determinar los fines de la política institucional, la racionalidad neoliberal también promovió nuevas formas de sujeción social a través de la determinación de los modos de individuación y sociabilidad que deben ser asumidos por los sujetos para que tengan sus conductas reconocidas. El saldo de ese avance es la ausencia de transformaciones efectivas en la política, ya que toda transformación fuera del marco delimitado por el neoliberalismo se considera una realización imposible. Ante este contexto, el presente ensayo teórico objetivó promover una articulación entre psicoanálisis y política por medio de la extracción de la potencia política del concepto de real presente en la obra de Jacques Lacan. La negatividad del concepto lacaniano se mostró fecunda al permitirnos defender que la política no puede ser pensada a partir de un régimen de gestión de las posibilidades de una determinada situación, pues la política es por excelencia un acontecimiento real, o sea, se trata justamente de la realización a través de procesos disruptivos de lo que hasta entonces era considerado imposible por el régimen dominante.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL